A lei da causalidade
Prof. Luís Lopes
Este tema é hoje explicado segundo a realidade do momento, segundo os paradigmas culturais atuais.
No entanto, há milénios que o homem e as filosofias da antiguidade observam o quotidiano e as leis naturais que o regem.
Assim sendo, puderam observar que determinadas ações produzem determinados resultados. Essa é a lei da causalidade. Lei esta que segue o mesmo princípio da gravidade, ou seja, existe causa e efeito, ação e reação, tal como sabemos que ao atirar uma caneta para cima ela irá cair; sabemos que qualquer ação despoleta uma reação, que cada efeito é produzido por uma causa.
Essa lei universal aplica-se desde as coisas mais simples às mais complexas. As consequências do momento são resultados de ações do passado.
Existe uma alegoria, utilizada pelo educador e filósofo DeRose, que retrata o mecanismo de funcionamento da Lei da Causalidade.
A História do Arqueiro
Somos arqueiros de detém um arco e flechas. Esse arqueiro tem três fases de ação:
1. A passividade, em que decide não fazer uso do arco e da flecha;
2. Colocar a flecha no arco, o arco em mira. Decidir em que direção irá lançar a flecha, qual a intensidade do disparo e por fim pode decidir não disparar ou qual o momento do disparo;
3. O arqueiro dispara e a ação é despoletada. A flecha segue em movimento, sujeita agora às circunstâncias como vento, chuva, intercepção por outros objetos, etc.
O arqueiro domina 2/3 dessa ação. Quando a flecha é lançada e se inicia a ação, existe uma parte que não dominamos, que não depende de nós. Mas, mesmo assim, podemos atenuar esse terço que não dominamos, até que a ação se esgote. Tornando a viagem, que é o percurso da flecha, o mais satisfatória possível.
Para ler mais sobre o assunto:
Tratado de Yôga, do educador DeRose