sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Um conto das escrituras hindus sobre Shiva

«Certa vez, os saddhus (os yôgis que vivem isolados, solipsistas) sentiram muita raiva de Shiva e conspiraram para assassiná-lo. Acenderam uma fogueira sacrificial de magia. De dentro do fogo mágico surgiu um tigre furioso ao qual ordenaram que fosse matar o Mestre Shiva. Mas Shiva matou a besta, arrancando sua pele e vestindo-se com ela.

Do fogo saiu, em seguida, um trishúla (lança de guerra em forma de tridente) para matá-lo, porém Shiva se apoderou dele e passou a usar como arma para sua defesa. Depois, serpentes peçonhentas para picá-lo, entretanto o Mestre as usou como braceletes e colares com os quais se enfeitou.

Uma horda de demônios surgiu logo depois. Shiva com um mudrá aplacou sua fúria. Ele ordenou que formassem um exército para servi-lo, e eles obedeceram docilmente.

Em seguida, os saddhus atiraram uma caveira contra o Senhor Shiva. Ele a agarrou no ar e colocou-a para enfeitar os cabelos.

Os saddhus, indignados com seus fracassos, tentaram usar seus mantras maléficos para destruí-lo. No entanto, eles se agruparam e tomaram a forma de um som terrificante que saía de uma concha (shank). O Mestre apoderou-se da concha e a conservou em sua mão, pelo que passou a ser chamado de Shankar.

Os saddhus, que pareciam nunca desistir de destruir o grande Mestre Shiva, fizeram um novo trabalho de magia negra, acendendo outro grande fogo do qual saiu um poderoso gênio denominado Avidyá ou Muyalakan. Ordenaram-lhe que usasse o fogo e matasse o Mestre. No entanto, Shiva apanhou o fogo com a mão, derrubou o gênio e pisoteou-o.

Os saddhus lançaram maldições e injúrias contra o Mestre. Nenhuma foi eficaz. Muyalakan, esmagado pelos pés de Shiva, debatia-se mas não conseguia pôr-se de pé. Shiva começou a dançar sobre ele e o Universo tremeu.

Quando a dança parou, os saddhus prostraram-se aos pés do Mestre e cantaram-lhe louvores. Shiva ordenou-lhes que, daquele momento em diante observassem os sádhanas e passassem a seguir uma vida piedosa. Depois disso, voltou para a sua morada no Monte Kailash, casou-se com sua Shaktí e viveu feliz por toda a eternidade. Até hoje, em todo o mundo, pratica-se a arte de força, poder e energia criada por Shiva e com a qual ele venceu todos os obstáculos.»

"Um conto das escrituras hindus sobre Shiva" foi publicado por DeRose no seu blog.
Visite diáriamente o blog do DeRose para conhecer vários assuntos interessantes e compartilhar as suas ideias.

"Meu Rio" por Thiago Duarte

«E para que servem os sentimentos se algumas pessoas fogem deles e outras são consumidas por eles?

Como em tudo, raramente os extremos são saudáveis. Vejo nossas emoções como uma maneira que nossa raça encontrou para produzir uma força incrível capaz de arrastar caminhões, derrubar paredes e levantar montanhas.

É com elas que também se cria e se curte, arte. E com a arte nos expressamos de forma inalcançável para o mental. Outra função linda no nosso emocional.
Quando entramos em maior contacto com o que somos começamos a nos relacionar connosco de uma forma diferente. Percebemos mais a conexão entre nosso corpo físico, nosso mental e nosso emocional, assim como nos tornamos mais conscientes da capacidade e das funções de cada um deles e passamos a usá-los melhor.

Gosto de imaginar que tudo o que eu sou é uma energia, como um rio que desce uma montanha. Para mim é um jeito muito legal de me sentir e lidar comigo mesmo.
E quando consigo colocar isso em prática, minhas emoções tornam-se um motor e me permitem realizar muito mais no meu trabalho, no basquete, nos meus relacionamentos. Elas produzem uma força impressionante que posso usar como bem entender.

E todos podemos fazer isso. Se voltar a sua atenção para dentro de si, vai conseguir sentir as emoções se formando e vai percebê-las como uma energia eléctrica, como um rio.

E também vai sentir que, assim como um rio, essa energia precisa ter uma fonte e uma continuação. Se parar alguns instantes para perceber uma emoção com tal profundidade, vai conseguir conduzí-la da forma que desejar, seja para aumentá-la, para diminuí-la ou para cessá-la.

Com a consciência de que essa energia precisa de uma fonte e de uma continuação dessa fonte, podemos escolher alimentá-la ou não.Se a emoção surge e contribui para nossa qualidade de vida, para nosso bem estar, vamos alimentá-la pensando mais no que a gerou, lembrando da sensação. E se a emoção não faz isso, você tem que saber que ela só estará com você enquanto você o permitir e estiver alimentando-a. Fácil assim. O que dá um poco mais de trabalho é é lembrar disso quando nos sentimos bem tristes.

Mas precisamos escolher se queremos ficar naquela situação ou se queremos nos sentir bem.

E para deixar de alimentar uma emoção não desejada basta que nos afastemos daquilo que nos fez soltar tal sentimento, façamos algo que nos gere uma emoção diferente. Que nos ajude a evitar pensar naquilo que nos incomoda. Mesmo que seja um problema ou algo que precisemos resolver, deixemos para fazer isso quando ossas emoções estiverem estáveis.

O que ocorre é que nem sempre lidamos bem com o que produziu essas emoções. Ou é algo tão bom que nos deixa bobos ou algo tão triste que nos deixa arrasados.
Quanto a isso o importante é saber que a vida simplesmente acontece. Eventos e problemas acontecem. E tão importante quanto é saber que nós produzimos esses eventos.

E o estado das nossas emoções pesa enormemente na nossa tomada de decisões, isso posto em outras palavras: nosso emocional nos ajuda a construir nosso futuro.
E que futuro queremos para nós? Um que pareça um acidente ao temos que nos adaptar ou um que seja resultado de escolhas conscientes e produtivas?

Vamos respirar mais, descansar nossos pensamentos, desacelerar, curtir e respeitar nosso corpo, seja na forma de lidar com ele, na sua limpeza ou no que comemos e vamo-nos relacionar melhor com as nossas emoções pelo simples facto de que disso depende nossa vida. E, nem ia falar, mas nos dá um enorme prazer.»

"Meu Rio" foi gentilmente cedido por Thiago Duarte, instrutor do Método DeRose. 
Leia mais textos do Thiago visitando http://reconstruindosentidos.blogspot.com/

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sat chakra de Outubro

O sat chakra, círculo de mentalização, é uma prática feita em grupo que, além de utilizar técnicas poderosas, proporciona a vivência efectiva do sentimento gregário, permite aprofundar o sankalpa de cada participante, desencadeando mais bháva. Além disso, proporciona um ambiente familiar, característico do nosso espaço, onde fazemos mais amigos e cultivamos muito carinho. Isso tudo é SwáSthya!

Participe, hoje às 20h30, trazendo uma flor e algumas frutas.


Teste mensal voluntário


Querido aluno.

Todos os meses, tem a oportunidade de aprofundar o seu conhecimento e, consequentemente, a sua prática, participando do teste mensal.

O teste é totalmente voluntário e consiste numa série de questões do Programa do Curso Básico. Para se reparar para o teste deverá assistir às aulas do Curso Básico disponíveis na sua escola. Pode também assistir a estas aulas através das WebClasses disponíveis para download gratuito no site da Uni-Yôga.

Amplie o seu conhecimento lendo o livro Tratado de Yôga, consulte a bibliografia disponível na biblioteca da sua escola e faça download gratuito de livros e MP3 em www.uni-yoga.org .

Participe das nossas actividades e vivencie mais o SwáSthya!

Visite mais o Blog do DeRose e divulgue-o entre os seus amigos :)


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Bolo de sementes de papoila


Ingredientes para forma de 22 cm de diâmetro:

- 150 gr de manteiga
- 200 gr de açúcar (integral / mascavado) em pó
- Raspa de 1/2 limão
- 1 pitada de sal
- 6 ovos
- 200 gr de sementes de papoila moídas
- 50 gr de farinha
- 50 gr de maizena


1. Misture a manteiga com 1/3 da quantidade de açúcar e bata até obter uma massa cremosa. Adicione a raspa da casca de limão e o sal. Junte lentamente as gemas, uma a uma e continue a bater. A gema seguinte só deve ser adicionada depois de a anterior ter sido absorvida na massa.
2. Bata as claras em castelo com o resto do açúcar.
3. Misture com a manteiga as sementes previamente moídas e as farinhas.
4. Envolva lentamente as claras na massa anterior.
5. Coloque o bolo no forno previamente aquecido a 180ºC e deixe cozer cerca de 45 minutos.

O bolo fica mais saboroso se, depois de desenformado for embrulhado em alumínio de um dia para o outro.

Receita partilhada pela querida aluna Isabel Abreu

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Gala DeRose '09

No próximo mês de Novembro DeRose estará mais perto de nós, a norte de Portugal, onde irá ministrar vários cursos. Teremos também o lançamento do livro  Histórico e Trajectória, de sua autoria, e do DVD Conversas com Rumo, com sessão de autógrafos, e muitos outros eventos .

Venha partilhar connosco a sabedoria, conhecimento e presença únicos do educador DeRose.